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A Habilidade da Avaração


POR AYLIN AMUNDSEN — 

A avaração é uma das habilidades bruxas mais antigas e também uma das mais raras. Consiste na realização de feitiços sem o uso de varinhas. Geralmente os donos dessa habilidade tendem a esconder tal dom, porém, temos atualmente um professor em Hogwarts que não faz questão de deixar isso em segredo. Nesta matéria, teremos o prazer de conhecer um pouco mais sobre essa habilidade, bem como suas vantagens e curiosidades, com o querido Professor Candio, docente de Poções do 2º e 3º Anos de Hogwarts.


Aylin: Olá, Candio. Primeiramente, muito obrigada por ter aceito o nosso convite. Sinta-se confortável para dizer tudo aquilo o que pensa, vou cortar algumas coisas na edição mesmo. Brincadeirinha. Enfim, gostaria que você se apresentasse.

Candio: Meu nome é Candio, tenho 27 anos e atualmente leciono Poções em Hogwarts. Sou natural da África e desde muito cedo sabia que seria professor. Sou avarador e costumo utilizar esta habilidade com muita frequência, principalmente em sala de aula.

Aylin: Li, certa vez, que esta habilidade é bastante comum na África. Isso é real?

Candio: É sim! Em Uagadou, escola onde me formei, antigamente os feitiços eram ensinados somente através desta habilidade. Em Uagadou é raro ver um bruxo que não consegue executar feitiços com as mãos. As varinhas são invenções modernas, atuais, que acabaram chegando à África tempos depois de se tornarem “comuns” em outros lugares. Em Uagadou, hoje em dia, o conhecimento é repassado de ambos os modos, visto que os bruxos mais novos possuem mais facilidade em conjurar feitiços por meio da varinha, todavia, ainda assim, o conhecimento da avaração é treinado constantemente.

Aylin: Não é comum encontrar um avarador. Eu, por exemplo, nunca havia conhecido um. Vocês tem o costume de se esconder?

Candio: Veja bem. O benefício de ser um avarador é conjurar feitiços sem o uso da varinha. Para aqueles que, de forma ilegal ou não, realizam duelos ou até mesmo fazem uso de feitiços no dia-a-dia em seu trabalho, surpreender alguém com esta habilidade é uma carta na manga, ainda mais quando a varinha é tirada de suas mãos. Provavelmente o adversário pensará que a luta está ganha, tendo desarmado o oponente. Quando percebe que os feitiços ainda podem ser conjurados e não há o que fazer, afinal, não existe um “Expelliarmus” que retire a mão do bruxo, o adversário tende a se sentir ameaçado.

Aylin: E você já fez uso desse benefício?

Candio: Minha intenção nunca foi utilizar essa habilidade para me beneficiar em lutas, inclusive, nunca estive em um duelo real. Sempre soube que seria docente e, geralmente, utilizo a avaração para facilitar as práticas dentro de aula. Como escrever algo no quadro ou mover utensílios e ingredientes.

Aylin: Nunca esteve em um duelo real? Estou pasma! E qual o porquê deste tamanho?

Candio: Manter o corpo em forma é ótimo para a saúde, viu?! Mas acho que esse não é o foco da matéria de hoje, certo? (risos).

Aylin: Você tem razão. E bom, como é a reação dos seus alunos quando se deparam com um professor avarador? Bem, eles geralmente não possuem isso, certo?

Candio: É engraçado ver o rostinho de criança surpresa. Já fui o primeiro avarador de muitos alunos e as reações são as mais diversas. Há quem fique surpreso, de boca aberta. Há quem se interesse e vem questionar no final da aula. Também têm aqueles que pedem para que eu ensine a prática. De todo modo, acredito que ser avarador ajude na minha imagem de “professor bacana”. Ouço-os dizer “como é que ele fez aquilo?” ou “onde está a varinha dele?”. Frases assim me empolgam e, embora saiba que eu consigo fazer muito mais do que é demonstrado em sala de aula, gosto de satisfazer a curiosidade dos pequenos. Não me custo em explicar ou conversar com eles sobre esta habilidade.

Aylin: Na sua opinião, é exclusividade da África ter um número maior de avaradores?

Candio: Não, na verdade não. É de comum conhecimento que a África é um dos continentes mais pobres e com escassez de obra-prima e tecnologia. Não é diferente no mundo bruxo, não era diferente antigamente também. Acredito que foi uma forma dos antepassados se adequarem: não havia varinha, ou seja, os feitiços precisavam ser executados de algum outro modo. Veja bem, como eu disse anteriormente, essa invenção demorou para chegar à África e, quando chegou, os grandes mestres precisaram de treinamento para aprender a repassar o conhecimento, logo, usar as mãos continuou a ser o método mais fácil durante muito tempo. Eu creio que todo e qualquer bruxo é capaz de ser hábil em avarar, porém, muitos não investem tempo para conhecer e se aperfeiçoar nesta habilidade. Em Uagadou, foi uma escolha manter esse conhecimento sendo repassado em sala de aula, eles poderiam ter apostado nas varinhas e ter dado continuidade a partir disto, já que me parece mais fácil ensinar através delas, ou melhor, as crianças tendem a “pegar o jeito” mais rápido.

Aylin: Você é a favor do ensino da avaração nas escolas?

Candio: Por um lado sim, afinal, nunca se sabe quando você precisará executar um feitiço e, numa emergência, a varinha pode não estar junto de você. Por outro, como é que surpreenderíamos adversários se todos fossem avaradores? (risos).

Aylin: Como – quase – tudo na vida, tem um lado positivo e outro negativo.

Candio: Exatamente. É como uma balança.

Aylin: Bom, Candio. Acho que já conseguimos entender um pouquinho mais sobre a vida de um avarador. Eu agradeço a sua presença e deixo este espaço livre, caso queiras deixar alguma mensagem.

Candio: Avaração não é brincadeira, é uma habilidade muito preciosa e, para quem a detém, deve ser utilizada com ponderação. Também não conheço muitos avaradores fora de Uagadou, caso você seja um, me procure! Quem sabe a gente consiga montar um clube de avaradores! (risos). Eu que agradeço a oportunidade, até mais! 


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