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Aviso: As opiniões a seguir não representam o Pasquim, apenas os entrevistados citados no texto.

Num bairro pertencente ao subúrbio de Londres, ao norte do Rio Tâmisa, um Palácio se esconde entre moradias decadentes contruídas no final do século XIX. Mesmo sua obra sendo concluída no século XVII, o Palácio dos Chthon era a construção mais recente no local. Foi movido da Áustria para Londres logo após a morte de Victor Chthon — causada por uma doença misteriosa e que até hoje não foi bem esclarecido pela família — e perfeitamente posto no pequeno espaço entre dois prédios.

Coisa que só a magia era capaz de realizar.

Estava lá, maior que qualquer imóvel daquela região, quase um deboche para os trouxas que transitavam por ali todos os dias, impossibilitados de vê-lo através dos próprios olhos ou pelas lentes de seus celulares.

Em vida, Victor havia colecionado bastante inimizades por seu comportamento elitista vivendo numa bolha ao estilo Pré Segunda Guerra Bruxa quando se tratava de novos membros para o clã Chthon, mas por ironia do destino sua casa agora abrigava o protagonista de sua última desavença na fase encarnado: Caio DiBord, seu genro.

No início do mês de junho, Caio estava em Godric's Hollow comemorando no Shultz Bar a nova fase da Thaberna, estabelecimento dedicado a venda de poções. Depois de tantos anos cuidando dos negócios de sua esposa Ella Chthon, Caio entregou a administração do local a outro Chthon, Brent, para que o mesmo pudesse alavancar a fortuna da família com sua experiência no ramo de poções. Após chegar em casa acompanhado de Brent, DiBord recebeu uma carta do primo, Jonathan Alecssander alertando-o sobre uma possível perda dos terrenos da família Alecssander caso alguns documentos não fossem regularizados no Ministério da Magia. Foi enquanto Caio planejava estratégias para salvar outra família, que seu próprio terreno foi engolido pelo fogo. Tanto ele, quanto Brent conseguiram escapar da mansão antes do local se transformar em ruínas. Infelizmente, o único funcionário da mansão que trabalhava naquela noite não conseguiu sair a tempo e faceleceu. Além do Funcionário, o elfo da família também faleceu. Brent afirma que a criatura foi atingida pela maldição da morte enquanto o local pegava fogo, o que deixa tudo mais suspeito ainda.

Dois dias após o incêndio, fui até a mansão Chthon encontrar com Caio e Brent. Numa saleta decorada com quadro de membros da familia e iluminada por lustres de cristais, iniciamos uma breve conversa sobre o ocorrido.

Hadden: Vocês podem me dizer, como começou o incêndio?

Caio: Enquanto pensávamos em algo que pudesse salvar o território dos Alecssander, o fogo começou. Um pouco antes, ouvimos as árvores da Reserva caírem, como se algo movesse debaixo da terra. [O fogo] Se alastrou pela casa em questão de segundos, não tivemos outra opção a não ser abandonar o local. Pedi que Brent desfizesse os feitiços de proteção, para que pudéssemos aparatar para outro lugar. Ele foi primeiro, eu em seguida. Não sabia se meu filho, Liam McBride DiBord, estava em casa. Procurei por todos os cômodos e quando eu estava no primeiro piso, procurando o garoto, antes de ir ao meu quarto, a casa começou a ruir, como se fosse desmoronar. Ainda consegui aparatar até a área externa, antes do Bosque, foi aí que vi algo... Não lembro exatamente o que, mas era como se uma força tivesse saído da casa, entende? Talvez isso seja novo até para o Brent, que não estava no local aquela hora.

Brent: Para a nossa sorte quando voltamos para a Reserva depois de assegurar que Johnatan e Liam estavam em segurança, nós encontramos funcionários do Ministério apagando o fogo com suas varinhas em uma atitude heroica, eles coletaram o meu depoimento para o número de ocorrências e minha palavra como dragonologista de que aquilo era obra de homens. Não existem dragões em Londres, muito menos na Reserva e antes que você sugira que possa ter sido alguma outra criatura que não um dragão, digo pra vocês dois: nenhum fogo produzido por alguma criatura se alastraria tão rápido.

Hadden: Quando você disse "Funcionários do Ministério", você estava se referindo a aurores?

Brent: Eu estava atordoado demais para distinguir se eles eram aurores ou não, como Caio disse, estava preocupado com a ordem de despejo de Johnatan, imagina desapropriar um castelo secular em Dublin, aquela propriedade dos Alecssander é avaliada em milhões, o meu tio, em vida, tentou comprar aquilo inúmeras vezes do Sam [Alecssander]*.

*Nota: Sam Alecssander é um dos bruxos mais procurados pelo Ministério da Magia.

Hadden: Sam, vocês confiam nele?

Brent:  Eu não confio no pai do Johnatan [Sam], a última vez que o vi eu tinha 19 anos, há dez anos atrás e ele estava fugindo. Ele é um comensal, e como dizem por aí, uma vez comensal, comensal até morrer. Eu pedi para que Caio adotasse Johnatan, mas acho que isso não é necessário, eu sou o tutor dele a partir de agora.

Hadden: Caio, sua relação com Jonhatan, não que eu esteja concluído algo mas, você acha que poderia levar Sam a incendiar sua casa por ciúmes?

Caio: Sam não seria capaz de fazer isso. Ele nem mesmo sabia da mudança e se soube nunca me procurou, então é impossível ele saber onde era a Reserva. Johnatan é um garoto, Hadden. Estudou com Liam, meu filho, é primo do meu melhor amigo, não tem interesses além de querê-lo bem.

Hadden: Em algum momento, alguém demonstrou interesse em assumir o comando da Thaberna?

Caio: A Thaberna sempre foi um peso pra Ella. Mantemos contato por diplomacia. Ella não é feliz naquela ilha, a Ilha das Hool é uma prisão tão ruim quando Azkaban. Então, com a queda dos Chthon, Ella ficou responsável por manter o negócio, que estava quase declarando falência e não tinha interessados, tanto que estive no comando por todos esses anos. Se Brent não tivesse voltado decidido a recuperar o nome da família, ainda estaria no comando.

Brent: Quando eu voltei para a Europa e encontrei minha família no estado que estava comprei a Thaberna de Caio e passei a administrá-la, mas meu tio, ou melhor, os von Chthon sempre tivemos inimigos, agora pensando bem, eu recebi cartas anônimas dizendo que eu não devia ter voltado, que eu não devia me associar com Caio porque ele não tinha uma boa índole, mas não dei importância, sabe? Aqui é o meu lugar .

Hadden: Tem alguém na família que possa ter cometido esse crime?

Caio: A única pessoa que teria pulso para cometer esse crime, na minha família, é o meu tio Orlando, mas ele está desaparecido há muitos anos, desde que sua filha se casou com um britânico que a fez abrir a mão de toda herança e parentescos, inclusive a mim. Inclusive não a vemos desde então. Ele é louco, é o que dizem. Não saberia chegar à Reserva. Não mantemos contato.

Brent: Talvez o elfo possa ter ajudado Orlando a entrar. Slogan não parecia gostar muito de Caio, ele pode ter se arrependido no último momento [...] e por isso o seu tio o matou.

Nota: Até o fechamento da edição, o ministério da magia não havia concluído o caso.



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