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E se você descobrisse que a sua vida é meramente um conto de fadas, o que você faria? Esse é um questionamento diferente do cotidiano das pessoas. É comum que se preocupem com a condição financeira, acadêmica, amorosa e entre tantas outras para promover uma melhora de vida. Descuidos e fobias deixamos às mãos da nossa fé, ou de Deus como a maioria crê, mas imagine que existe alguém por trás dos seus atos, prezando pela sua história e moldando sua personalidade da forma como ele mesmo quer. É surreal crer que você não é dono de si mesmo, e que está a mercê de a um passo chegar ao sucesso ou a desabar dependendo desse “alguém”. Na primeira manhã posterior ao começo das férias de Hogwarts, uma discente entrou em contato com nós, d’O Pasquim, levantando a ideia de que vivemos em um mundo contrário do que acreditamos, sendo personagens de pessoas consideradas “jogadoras” que nos manipulam de acordo com suas vontades. Confira a entrevista com Annabeth Maslin Bale:

Caspian: Olá, Annabeth. Para começarmos, poderia se apresentar ao público?

Annabeth: Público? Não tem ning... ah, claro. Digo... olá, me chamo Annabeth Maslin Bale! Estudo em Hogwarts e... ok, é isso.

Caspian: Antes da entrevista, você procurou por nós do Pasquim a fim de revelar um grande segredo que os bruxos não têm conhecimento sobre. Poderia compartilhar novamente a informação?

Annabeth: Hããm, então... como eu posso dizer isso sem parecer louca? Bom. Todos somos personagens de Fórum RPG da internet. Vocês sabem o que é internet? É uma rede de... ah, eu não posso fugir do assunto, certo. Eu só não sei ainda se tudo é criação de uma única pessoa, ou várias. Sabe?

Caspian: Entendo. O que seria um RPG exatamente? Qual é a nossa função nesse "fórum"?

Annabeth: Bruxos não jogam RPG? Ok. É basicamente um jogo de interpretação. Você cria um personagem e interpreta ele no jogo, um contexto criado pelo Mestre. O Mestre geralmente é quem impõe as regras, a história, as missões do jogo. É aí que meu conhecimento acaba. Eu só sei que o meu “off”, tipo meu "criador", quer se divertir e fazer piada a todo custo. É o principal motivo de ter me feito assim, pois desse modo ele pode fazer piadas com coisas que eu, teoricamente, não poderia.

Caspian: Então o nosso destino está traçado? Nossas escolhas não são feitas por nós mesmos? Seria como uma espécie de livro narrativo, você diz?

Annabeth: Não acho que seja algo tão traçado. Nossas personalidades, talvez, mas o rumo que tudo toma... não é tão simples assim. De certa forma eles respeitam nossas vontades e tudo mais. Se bem que tem coisas que eu preferia não ter feito, tipo explodir o pássaro da aula de Transfiguração... ops, tem como cortar isso? Por outro lados, alguns obstáculos colocados pelo caminho, receio que não seja uma pura coincidência.

Caspian: Como você descobriu fazer parte desse universo de RPG? E como reagiu com isso? Alguém chegou a compartilhar a mesma opinião com você ou é a única a realmente ter originado essa descoberta?

Annabeth: Eu simplesmente acordei sabendo em um dia aleatório, o “off” apenas quis que eu soubesse, acho. Eu já ouvi falar de outra pessoa sim, mas ele não está mais em Hogwarts. Um tal de Sam, acho que joga quadribol e deu aula em Hogwarts. Ele não anda meio sumido?

Caspian: O "off" seria o seu "mestre"? E o ex-docente de Hogwarts Sam, dono do Burgão do Tio Sam, também teria tido contato com o seu próprio "mestre"? Quer dizer que nunca chegaram a conversar juntos sobre isso a fim de descobrirem quem se trata o “cabeça” por trás das suas vidas?

Annabeth: Mestre é algo diferente, acredito que nos fóruns não tenham um mestre. Eles se chamam ADM's, mantém a ordem e o fórum funcionando, estabelecendo algumas regras e administrando. Meu "off" é um player apenas, ele me criou para jogar. Vocês não sabem nada de games, mesmo né? Nunca conversei com ele, infelizmente... mas gostaria.

Caspian: Desculpa, mas ainda não entendi uma coisa. Quer dizer que nesse fórum, onde há "players", existem também os administradores, e que esses administradores administram obviamente o RPG para que os players joguem devidamente com os seus personagens, certo? Mas e se os players não seguirem as ordens corretamente, o que aconteceria com eles e simultaneamente com a gente?

Annabeth: Só um pouquinho – faz um esforço mental, como se precisasse lembrar de informações – então. Existe uma "barra" de conduta. Por exemplo, eu tenho 5/5, eu posso cometer algo não permitido e perder um ponto, ficando 4/5. Podemos levar apenas uma advertência. E se eu dizer que nem mesmo meu "off" entende muito bem como funciona? Ele é realmente bastante desleixado. Ele podia simplesmente ler as regras para eu poder explicar melhor, mas a preguiça é tanta...

Caspian: Certo. Mas digamos que se chegar a zerar essa barra, provavelmente seria expulso do RPG, correto? E o que aconteceria com os personagens? Morreriam?

Annabeth: Essa é uma pergunta difícil. Acho que não morrem, até porque existem os fantasmas. Acho que é como se deletasse a pessoa da história toda, como se nunca tivesse existido. Já jogou Doki Doki Literat... ah, provavelmente, não. Difícil explicar sem usar referências. Mas muito do que acontece vai do que as pessoas envolvidas com ela decidem fazer. Imagina um casal onde uma das pessoas é deletada, ou expulsa, ok? A pessoa que ficou pode assumir que ele morreu e seguir com sua trama, ou pode recriar tudo como se ele nunca tivesse existido. Entende?

Caspian: É uma coisa bastante tensa a se pensar e com certeza a se temer. Não é fácil imaginar que poderá ser deletado a qualquer hora, minuto. Os bruxos irão gostar de saber disso. Muito obrigada pela entrevista, Annabeth!

Annabeth: Bom, eu que agradeço. Eu precisava desabafar... eu não me importo com o que acharão de mim depois disso. Mas uma coisa legal, é que geralmente somos bonitos.

Annabeth parece convicta com essa teoria da origem de bruxos e bruxas, e pelo visto o ex-professor de Mitologia Sam Wichbest compartilha o mesmo pensamento. Nada foi realmente comprovado e caso haja quaisquer provas a serem levadas em consideração, nós d’O Pasquim as revelaremos abertamente aos nossos leitores. Até lá, tirem suas próprias conclusões e compartilhem-nas conosco.

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